EU.VOU.TE.EXCLUIR.



Fico parte do meu tempo ligada ás minhas redes sociais. No entanto elas já não são tão minhas assim. Elas pertencem a você. Pertencem-te, pois a cada instante uma publicação sua aparece na minha timeline, fazendo meus pensamentos girarem em direção ao que passamos.  E tudo que eu já não quero mais é lembrar de que você já não faz parte fisicamente da minha rotina, porque isso me leva á um estado incessante de maus tratos comigo mesma.  

Pego-me sendo tola lembrando dos melhores momentos que tivemos na companhia um do outro. Quando o frio chega, por exemplo, eu penso que naquele momento, se você estivesse ao meu lado, estaria me abraçando, até eu parar de tremer. Comer pizza, já é outra coisa que me leva á um mundo paralelo a ti. Graças á Deus a lasanha ficou fora disso. E por recordações assim, eu prefiro te excluir. Já não tenho mais seu número e aos poucos, já não te terei em nenhuma rede social.


Antes eu achava que excluir alguém da sua rede social ou apagar as fotos, era algo bobo e um ato infantil, confesso. Mas infantil mesmo é se prender ao passado como uma criança que se prende ao seu urso de pelúcia preferido e que por isso deixa de fazer atividades comuns, só por não ter aquele ursinho ao seu lado. Decidi então acreditar que isso é um ato de maturidade. Maturidade para saber quem eu sou e até onde eu posso ir. Fazer a minha mente descansar, ao invés de sonhar e acordar aflita na noite é algo que eu devo a mim. Eu tenho pressa para dissipar da minha mente qualquer parte ligada a você, não quero esperar o tempo, não quero. E por isso, volto a dizer: EU.VOU.TE.EXCLUIR. 

Espero que vocês tenham gostado do texto de hoje e prometo voltar com outros aauntos divertidos por aqui. 
xoxo


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Café, eu e você




Ontem o café estava doce como mel, mas hoje, quem está precisando ser adocicada sou eu. Sinto a minha língua amarga, e o coração apertado. Sinto que ele quer pular pra fora, pegar uma bicicleta e sair por aí, sem dar atenção a ninguém.

Todos os dias quando acordo, levanto, lavo o rosto, e com a minha roupa de dormir ainda quentinha, me arrasto e tento acertar a medida do líquido negro que ponho na xícara. Às vezes é muito pó e pouco açúcar, noutras, é muito açúcar e pouco pó. Sem medidas é o que eu sinto por você. E por ser incerto como o meu café, a gente não sabe o que esperar ao beber. Essa incerteza pode machucar tanto a você como a mim, eu sei. Mas o que vamos fazer?

Como um café deliciado na hora, eu quero ser pra você, quente. E no dia em que as coisas se esfriarem por inteiro, terei que optar por um chá, mesmo que eu goste mais de café do que chá.


Textinho basiquinho e pequeno pra vocês lerem hoje a noite e sei lá, eu ia terminar, mas a minha amiga me aconselhou a deixar assim, e bem, espero que vocês gostem também.

xoxo
Rafa, obrigada por me fotografar, amei demais! 
Te aminho 


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Nu artístico, saiba apreciar + entrevista com Bernardo Moreira e Yogue Alencar


Desde que entrei no universo fotográfico, tenho me interessado muito pelo nu artístico. Sabe aquela leveza e o provocar, o meigo e gentil, o tudo apenas nas expressões e linhas corporais? A cada fotografia, pintura ou escultura do nu, uma mensagem é passada. Teu corpo e o corpo da obra se cruzam em universos paralelos e conversam entre si.

Você chega em casa cansada e ao abrir a porta, a primeira coisa que você faz é tirar a roupa para ficar livre daquela segunda pele que te persegue todos dias. Instantaneamente seu corpo te responde com um momento de puro prazer e alivio! É um obrigado. Não é a toa que nos sentimos tão bem no banho, ou quando deixamos o corpo respirar dentro de casa. É claro que você pode sentir uma timidez, seja em casa ou em um ensaio fotográfico, porque esse sentimento caracterizado como ‘’pudor’’ vem devido a cultura e valores morais inseridos na sociedade que tu vives, impedindo que o corpo haja com naturalidade. 

Fotografia: Bernado Moreira
Através desse interesse, fiz uma entrevista com dois fotógrafos que eu acompanho e admiro muito para tirar algumas dúvidas que me pediram e umas que eu também tinha, espero que vocês gostem e que possam admirar seus respectivos trabalhos. O primeiro a ser introduzido será o Bernado e logo após o Yogue, porém irei intercalar a entrevista em uma apresentação e outra com as respostas de ambos, para ser mais rápido. 
~

Bernado Moreira, rapaz solteiro de dezenove anos, mora em Brasília. O jovem fotógrafo transforma um click em arte. ''Pra mim o Nu Artístico é a libertação do próprio corpo com o mundo em que ela vive.'' 



  • Quando você decidiu que gostaria de trabalhar com essa vertente (o nu)?

Resposta de Bernado Moreira: Eu, quando comecei a fotografar, me retratava na maioria das vezes nu, então sempre me interessei. Há dois anos atrás eu tive a oportunidade de fotografar pela primeira vez outra pessoa nua, minha amiga Clara Molina. Foi aí que comecei a me apaixonar mais pela área.

Resposta de Yogue Alencar: Eu já fotografava há algum tempo, mas o nu foi uma opção baseada na minha aptidão em lidar com pessoas e me comunicar. 

  • Você por ser homem, já sofreu algum preconceito por seguir a arte do N.A?

Resposta de Bernado Moreira: Não, não sofri preconceito. 

Resposta de Yogue Alencar: Não diria preconceito, mas sim uma dificuldade maior pelo receio que as mulheres têm em posar para fotógrafos, o que não é difícil de se entender. Acredito que sempre lidei bem com isso e rapidamente superei os problemas pela forma que me posiciono, tendo hoje uma procura enorme de modelos que gostariam de serem clicadas por mim.

  • Qual a postura que um fotógrafo deve ter com os modelos para um ensaio de N.A? E como deixar o cliente/ modelo confortável?

Resposta de Bernado Moreira: O fotógrafo tem que saber que o ensaio não é só dele, é também da pessoa retratada. É preciso que a sua história seja contada. Descubra o local onde a pessoa retratada se sinta à vontade. Procure saber seus gostos e preferências. Nunca utilize contato físico com a pessoa nua!

Resposta de Yogue Alencar: Postura nada mais é do que ética! Se o fotógrafo(a) for educado, souber respeitar o espaço físico da modelo e não incomodar de nenhuma forma, esse já pode ser considerado um profissional. O ideal é não fazer ou falar nada que não pudesse ser feito ou dito em qualquer outro ambiente de trabalho, como um escritório, por exemplo. A questão de estar confortável é muito maior do que apenas ser educado e tratar bem a pessoa. É necessário conhecer com quem estamos trabalhando para saber se essa pessoa está gostando de estar ali sem roupa ou se está contando os minutos para que o ensaio acabe. A melhor forma de conseguir isso é marcando uma reunião e conversando pelo tempo que for necessário, afim de saber tudo que for pertinente para o bom resultado do trabalho.

  • Existe algum tipo de preparação/curso para quem desejar entrar nessa vertente da fotografia?

Resposta de Bernardo: Vou aproveitar a brecha para divulgar meu curso de Nu Artístico com o incrível fotógrafo Raphael Ps. Damos vários cursos sobre o assunto, abordando vários outros assuntos, como por exemplo: iluminação, natural e artificial, direção de modelo, marketing e edição de imagem. O link sobre o curso é esse: curso

Resposta de Yogue Alencar: Existem uma infinidade de workshop's e cursos sobre o assunto, eu mesmo ministro cursos por todo o Brasil e dou aulas em uma escola em SP, onde abordo direção de modelos, ética na fotografia de nu, técnicas de produção e pós produção de ensaios com modelo.

  • Alguns leitores me pediram dicas de lugares que você tira suas fotografias.

Resposta de Bernardo: Estou sempre à procura de locações e, muitas das vezes, as locações (até as de campo) são em Brasília mesmo, dentro da cidade. Eu apenas pego o carro e saio sem rumo, aí acabo achando.

Resposta de Yogue Alencar: A maioria das minhas fotos são em locações alugadas e poucas são em externas. As casas, apartamentos, sítios e demais locações (indoor), eu e a modelo alugamos através de sites como o airbnb.com. Já as externas são lugares por onde passo e acho interessante, e acabo marcando as coordenadas geográficas para voltar ali posteriormente.

~

Yogue Alencar, de trinta e três anos é natural de Brasília mas fez de SP seu polo de criação. Além de fotógrafo freelance ele é professor de fotografia.  Seu olhar mistura em arte! Com clicks em especial no universo feminino. ''Liberdade de expressão e consciência corporal, uma arte do interesse de todos os seres humanos.'' 
Facebook - Instagram - Tumblr - Site - Snap : yoguealencar




  • Como lidar com a vergonha tanto da sua parte como da modelo?

Resposta de Bernado Moreira: O primeiro passo é de que o fotógrafo não se pode mostrar com vergonha! Ele precisa deixar a(o) modelo tranquila(o). Tenha sempre uma conversa com a pessoa a ser retrata antes do ensaio, para que vocês se conheçam melhor. Crie um pouco de intimidade com ela, o ensaio sairá mais natural.

Resposta de Yogue Alencar: Eu só fico constrangido se estiver clicando uma pessoa nesse mesmo estado. Para posar é preciso estar de bem consigo mesma, e não ter esse ou aquele biotipo. É preciso se aceitar e gostar das diferenças que cada um tem, entendendo assim que ser diferente não é feio. Uma pessoa que pensa assim não tem motivos pra estar envergonhada. O grande problema vem de querer muito posar sem antes procurar se conhecer e se entender. Fora isso, eu nunca me senti envergonhado em um ensaio. Não há nada ali que possa me desconcertar.

  • Caso esteja namorando ou esteja casado, sua metade da laranja concorda com seu trabalho? É difícil encontrar pessoas que aceitem esse tipo de trabalho?

Resposta de Bernardo Moreira: No momento estou solteiro. 

Resposta de Yogue Alencar: É complicado, mas não é tão difícil assim! Já estive casado por 7 anos e ela foi a maior incentivadora do meu trabalho, e até hoje me apoia. Acho que toda pessoa que quer ter um relacionamento com um profissional dessa área tem que entender como funciona o trabalho, e se possível se interessar e participar. Isso só ajuda a fortalecer os laços entre os dois. 

  • Qual a diferença do Nu Artístico, para o Erótico e o pornográfico?

Resposta de Bernardo Moreira: Ambos têm conotação à sexualidade e explora o corpo nu.

pornografia tem apenas o objetivo de expor, sem nenhum compromisso de plasticidade. O espectador é um mero observador. 

erotismo tem um comprometimento com a plasticidade. Preocupações com a linguagem, luz, enquadramento são fundamentais. O espectador interage com a obra e interpreta de acordo com o seu repertório pessoal e artístico.

Resposta de Yogue Alencar: Para que um ensaio fotográfico seja um nu artístico é necessário que exista uma linguagem corporal clara, expressiva e, é claro, artística! O que nada tem a ver com ensaios sensuais por exemplo. Um ensaio erótico é aquele que desperta o estímulo sexual sem apresentar o sexo em forma explícita, que é o que o diferencia de pornografia, que se trata de sexo direto e explícito.


Bom pessoal, espero que a entrevista com os meninos tenha sido proveitosa pra quem leu! 
Yogue e Bernardo, obrigada pelo carinho, vocês são demais! Desejo um dia poder trabalhar com vocês, :) 
beijo!

Ps1: Se você deseja posar, seja maior de idade, antes disso não rola, é lei! Me diga aí nos comentários sua opinião sobre o assunto. 

Ps2: Tenho vontade de fotografar e posar para o nu, mas por enquanto não rola, sou menor até o dia 22 de novembro haha. 




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